Design, estilo de vida e funcionalidade são critérios centrais de compra de artigos esportivos e acessórios. Para este mercado em expansão, muitos produtos são importados da Ásia para a Europa, que não são ambientalmente sustentáveis. Pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Tecnologia Química (TIC) desenvolveram uma alternativa.
O design do produto dos capacetes para ciclistas coloca, com razão, a funcionalidade em primeiro plano. No entanto, até agora, isto tem sido feito à custa da circularidade, deixando uma pegada ecológica significativa – especialmente quando os capacetes são fabricados na Ásia a partir de plásticos à base de petróleo produzidos em massa: a carcaça do capacete é feita de policarbonato (PC), o núcleo de espuma de espuma de poliestireno (EPS), componentes geralmente de polipropileno (PP) e tiras de náilon (PA). Tal construção geralmente torna a reciclagem de materiais inviável técnica e economicamente no final da vida útil do produto. Como resultado, os capacetes são normalmente incinerados após três a cinco anos de uso.
Produtos feitos de monomateriais protegem o meio ambiente
Ao questionar o princípio de fabricar cada componente a partir de um material especificamente destinado a ele, surgem novas abordagens de produção sustentáveis. Uma dessas abordagens é demonstrada pelo projeto PIMMS, financiado pela Fraunhofer Future Foundation. No seu âmbito foram desenvolvidos diversos artigos desportivos, constituídos por um único material. Segundo os cientistas, o material circular e de base biológica PLA é particularmente adequado. Graças às suas propriedades técnicas e preço competitivo, está consolidado no mercado há vários anos. Comparado com os materiais utilizados até agora, o PLA tem uma pegada material até oito vezes menor.
Capacete de bicicleta é competitivo
O capacete de bicicleta serve como um demonstrador do novo conceito de material e design, pois deve garantir alta funcionalidade, principalmente alta absorção de energia com baixo peso. Também são cruciais para o sucesso no mercado o conforto, o preço e a aparência do uso.
Como parte do projeto orientado para o mercado de um ano e meio, a Fraunhofer ICT, em cooperação com diversas empresas industriais (Comfil ApS, Elas A/S, WSVK, Polyola SAS), desenvolveu espumas de partículas, filmes termoformados, fibras e compósitos feitos inteiramente de PLA. Sua produção e processamento exigem um controle de processo preciso e personalizado. Graças à ampla colaboração, o capacete PLA poderia ser fabricado no mesmo processo de produção em massa que o capacete de bicicleta convencional à base de petróleo. Isto estabelece as bases para um lançamento competitivo dos novos capacetes no mercado.
A resistência do material às influências ambientais comuns durante o uso já foi testada positivamente. Os testes externos em conformidade com a norma, que visam comprovar a usabilidade do capacete, ainda estão pendentes. Uma análise do ciclo de vida (LCA) também quantificará a pegada de CO2 melhorada do capacete de bicicleta monomaterial reciclável em comparação com o design à base de petróleo durante a produção, utilização e fim de vida.
Horário da postagem: 10 de janeiro de 2025